segunda-feira, 28 de março de 2011

ha quanto tempo?

Há quanto tempo não vinha aqui para colocar algumas palavras e não é que hoje o farei 2 vezes.

A anterior e esta ...

hastapronto

Geração Rasca, à Rasca e do Desenrasca. Descobre as diferenças ...

Enviaram para mim e depois de ler tive que partilhar.

Abc
Tiago


A geração dos meus pais não foi uma geração à rasca.
Foi uma geração com capacidade para se desenrascar.
Numa terriola do Minho as condições de vida não eram as melhores.
Mas o meu pai António não ficou de braços cruzados à espera do Estado ou de quem quer que fosse para se desenrascar.
Veio para Lisboa, aos 14 anos, onde um seu irmão, um pouco mais velho, o Artur, já se encontrava.
Mais tarde veio o Joaquim, o irmão mais novo.
Apenas sabendo tratar da terra e do pastoreio, perdidos na grande e desconhecida Lisboa, lançaram-se à vida.
Porque recusaram ser uma geração à rasca fizeram uma coisa muito simples.
Foram trabalhar.

Não havia condições para fazerem o que sabiam e gostavam.
Não ficaram à espera.
Foram taberneiros.
Foram carvoeiros.
Fizeram milhares de bolas de carvão e serviram milhares de copos de vinho ao balcão.
Foram simples empregados de tasca.
Mas pouparam.
E quando surgiu a oportunidade estabeleceram-se como comerciantes no ramo.
Cada um à sua maneira foram-se desenrascando.
Porque sempre assumiram as suas vidas pelas suas próprias mãos.
Porque sempre acreditaram neles próprios.

E nós, eu e os meus primos, nunca passámos por necessidades básicas.
Nós, eu e os meus primos, sempre tivémos a possibilidade de acesso ao ensino e à formação como ferramentas para o futuro.
Uns aproveitaram melhor, outros nem tanto, mas todos tiveram as condições que necessitaram.
E é este o exemplo de vida que, ainda hoje, com 60 anos, me norteia e me conduz.

Salvaguardadas as diferenças dos tempos mantenho este espírito.
Não preciso das ajudas do Estado.
Porque o meu pai e tios também não precisaram e desenrascaram-se.
Não preciso das ajudas da família que também têm as suas próprias vidas.
Não preciso das ajudas dos vizinhos e amigos.
Porque o meu pai e tios também não precisaram e desenrascaram-se.

Preciso de mim.
Só de mim.
E, por isso, não sou, nunca fui, de qualquer geração à rasca.
Porque me desenrasco.
Porque sempre me desenrasquei.

O mal desta auto-intitulada geração à rasca é a incapacidade que revelam.
Habituados, mal habituados, a terem tudo de mão beijada.
Habituados, mal habituados, a não precisarem de lutar por nada porque tudo lhes foi sendo oferecido.
Habituados, mal habituados, a pensarem que lhes bastaria um canudo de um qualquer curso dito superior para terem garantida a eterna e fácil prosperidade.
Sentem-se desiludidos.

E a culpa desta desilusão é dos "papás" que os convenceram que a vida é um mar de rosas.
Mas não é.
É altura de aprenderem a ser humildes.
É altura de fazerem opções.
Podem ser "encanudados" de qualquer curso mas não encontram emprego "digno".
Podem ser "encanudados" de qualquer curso mas não conseguem ganhar o dinheiro que possa sustentar, de imediato, a vida que os acostumaram a pensar ser facilmente conseguida.
Experimentem dar tempo ao tempo, e entretanto, deitem a mão a qualquer coisa.
Mexam-se.
Trabalhem.
Ganhem dinheiro.

Na loja do Shopping.
Porque não ?
Aaaahhh porque é Doutor...
Doutor em loja de Shopping não dá status social.
Pois não.
Mas dá algum dinheiro.
E logo chegará o tempo em que irão encontrar o tal e ambicionado emprego "digno".
O tal que dá status.

O meu pai e tios fizeram bolas de carvão e venderam copos de vinho.
Eu, que sou Informático, System Engineer, em alturas de aperto, vendi bolos, calças de ganga, trabalhei em cafés, etc.
E garanto-vos que sou hoje muito melhor e mais reconhecido socialmente do que se sempre tivesse tido a papinha toda feita.

Geração à rasca ?
Vão trabalhar que isso passa.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Depois de muito tempo


Há quanto tempo não fazemos tanta coisa?

Há quanto tempo nos roçamos pela vida sem a sentirmos?

Há quanto tempo?

Hoje, depois do trabalho, vim para casa.

Ontem, depois do trabalho, vim para casa.

Antes de ontem, depois do trabalho, vim para casa.

Amanhã, depois do trabalho ...

não sei se virei para casa.



quinta-feira, 17 de julho de 2008

noite quente

este texto está a sair de uma coçadela de cabeça...
Nem tempo teve de ir para o papel e veio directo para o ecrã, até porque não há regra sem excepção. No entanto este continua a ser um espaço que previligia aquilo que escrevo em qualquer lugar, menos em frente e este espectro de luz forte que nos faz mergulhar e esquecer do que está há nossa volta. maldito ecrã, digo eu muitas vezes, que me consomes mesmo quanto eu não quero....

mas para te mostrar o meu poder sobre ti, vou-te fechar ...

Afinal de contas, quem manda aqui???

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Filhos

por João Pereira Coutinho, o jornalista:

NÃO TENHO FILHOS e tremo só de pensar.Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce não numa família mas numa pista de atletismo com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis. E um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição. Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho, as quecas de sonho. Não admira que, até 2020, um terço da população mundial estará a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima. Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência.
Mas a felicidade.

DEFICIÊNCIAS por Mário Quintana


'Deficiente' é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.


'Louco' é quem não procura ser feliz com o que possui.


'Cego' é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.


'Surdo' é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.


'Mudo' é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia. 'Paralítico' é quem não consegue andar na direcção daqueles que precisam de sua ajuda.


'Diabético' é quem não consegue ser doce.


'Anão' é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:


'A amizade é um amor que nunca morre.'

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

HOJE HÁ NOITE

Das muitas coisas que fiz hoje ao cair da noite até à hora de deitar, nenhuma foi aquela que realmente queria fazer. Engraçado que quando parei para pensar nisto, decidi sentar-me e escrever, pois o que acaba de acontecer é algo que provávelmente se repete na vida de todos nós diáriamente, dia após dia, até quem sabe, mês após mês, ano após ano e chegamos às idades mais avançadas sem fazer o que realmente queriamos ter feito. ALTO! Não deixemos que constantemente isto e aquilo se atravesse na nossa frente, por muito importante ou lógico que o realizar o tal isto ou aquilo possa parecer.
Quem me dera deitar todos os dias com a satisfação de ter feito o que quis e o que era realmente importante ...

... tentemos!!!

TNCB